Zeca (Caio Blat) é uma espécie de escritor frustrado que tenta buscar inspiração para terminar de concluir seu primeiro romance que fala a estória de um açougueiro que ganha no dia de seu aniversário uma máquina fotográfica de sua esposa, a partir de então sua vida prática e seca toma sentido em suas fotografias que são sua única forma de expressão sentimental e passa a fotografar mulheres em seu açougue, até que um dia, uma de suas modelos aparece morta atentem para o detalhe brutalmente assassinada, isso consequentemente implica na prisão do principal suspeito do dono do açougue e agora fotografo e o que acontece? É isso o romance do Zeca está escrito até a página 50 os conflitos de existencialismo da personagem criado por Zeca ainda eram questionados, porque que ele deixou sua profissão prospera para viver a ilusão de ser artista?
Casado com Júlia (Maria Ribeiro) uma professora universitária que parecia ter saído de um típico filme Francês morena, linda, inteligente e independente o relacionamento do casal parecia estar prestes a entrar em uma crise até que um dia aparece em sua casa Carol (Luz Cipriota) uma bela loira argentina aluna de Julia que parece inspirar os pensamentos e fetiches do Zeca que acredita estar sendo traído por sua esposa que hipoteticamente vive um romance com Carol, ai é que inicia a trama e Zeca se apaixona por Carol e passam a viver um triângulo amoroso.
Gostei bastante da fotografia e do roteiro do filme que mostra em Zeca o perfil de um típico escritor carioca cheio de pensamentos que saem na fumaça de cada cigarro tragado nas madrugadas, também gostei pelo fato de ser o primeiro trabalho na vida real do casal Caio Blat e Maria Ribeiro juntos, o processo foi tão instigante para o casal de atores que ambos também assinam a co-produção do filme escrito e dirigido por Paulo Halm que estréia como diretor nessa obra.
Um bom filme para se assistir nas noites de sexta feira e viajar no amor, paixões, traições e pensamentos, tenham uma boa sessão.
“Sou como o pobre rei, de um país chuvoso, rico, mas incapaz, moço, e, no entanto idoso, que as lições dos preceptores desprezando, vai com seus animais, com seus cães se enfadando”
Spleen
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