As cinzas da quarta vão embora abrindo espaço para a chegada da quinta, como se um vento levasse todas as peripécias do carnaval, a festa do vale tudo, a senssação da quarta de cinzas lembra ressaca da terça de carnaval do gosto de alcool no sangue do beijo amargo de fumaça, do sono mal dormido e dos gritos desesperados de alegria...
As cinzas da quarta levam embora o que não aconteceu, os amores de verão, os beijos de solidão da multidão, nas cinzas deixemos ir o que não podemos levar, o que foi queimado na madrugada da terça do carnaval ninguem mais saberá, o sol nasce bem mais radiante ou são os olhos que estão bem mais sensiveis a radiação?
As cinzas da quarta apagam o carnaval separam o bem do mal e o querer do não poder, as cinzas da quarta levam os foliões e as paixões temporárias e secam as contas bancárias...
É o fim do carnaval e o dia insiste em nascer e acorda quem não dormiu, a serpentina que secou largada ao chão se despede e a fantasia já não esconde mais quem a vestia, os tambores e batuques cessam e fazem silencio...
como em um momento solene as cinzas da terça são jogadas ao mar na quarta guardando a sete chaves os segredos do carnaval passageiro pois todo carnaval tem seu fim.
Lindo Texto!=)
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirLindo texto... profundo... acho que tem um pouquinho dessa minha quarta de hoje...
ResponderExcluir