terça-feira, 5 de março de 2013

Teorias da Cultura... O que é a Economia Criativa?


A expressão é baseada no termo “Indústrias Criativas”, que surgiu em 1997 após a iniciativa de Tony Blair, primeiro-ministro do Reino Unido, de convocar diversos setores da sociedade britânica para analisar tendências de mercado e vantagens competitivas e descobrir os setores mais promissores para o século 21. Como resultado dessa força tarefa, inspirada no projeto australiano Creative Nation, criado em 1994 com o objetivo de demonstrar a importância da criatividade para a economia e o desenvolvimento de um país, foram identificados 13 setores de maior potencial, chamados de indústrias criativas:
Propaganda;
Arquitetura;
Mercados de arte e antiguidades;
Artesanato;
Design;
Moda;
Filme e vídeo;
Software/jogos eletrônicos de lazer e entretenimento;
Música;
Artes performativas;
Editorial;
Serviços de computação e software;
Rádio e TV.
Em 2002, no primeiro Fórum Internacional das Indústrias Criativas, organizado na Rússia, o termo recebeu a seguinte definição: “Indústrias criativas são indústrias que têm sua origem na criatividade, habilidade e talento individuais e apresentam um potencial para a criação de riqueza e empregos por meio da geração e exploração de propriedade intelectual”.Inspirado nesse contexto, o autor inglês John Howkins criou a expressão “Economia Criativa” no livro “The Creative Economy”, de 2001, analisando as atividades que resultam de indivíduos exercitando a sua imaginação e explorando seu valor econômico, utilizando criatividade, informação e conhecimento como matéria-prima. Está lá na Wikipedia: segundo Howkins, a Economia Criativa “pode ser definida como processos que envolvam criação, produção e distribuição de produtos e serviços, usando o conhecimento, a criatividade e o capital intelectual como principais recursos produtivos”.Desde então, os termos Indústrias Criativas e Economia Criativa vem sendo amplamente estudados, discutidos e difundidos mundo afora, com diferentes definições e modelos de classificação de atividades aos quais não pretendo me ater. Nossa visão por aqui é de que a Economia Criativa vai além das chamadas Indústrias Criativas e de que não ela deve estar restrita a uma lista rígida, devendo englobar qualquer atividade ou segmento da economia que se abasteça de ideias, imaginação, criatividade e inovação para gerar produtos e serviços e – por que não? – processos e práticas de gestão. Afinal, mesmo em trabalhos nem tão criativos é possível utilizar doses de criatividade para melhorar os resultados. Na semana que vem, continuo este post, trazendo dados sobre a dimensão dessa nova economia e algumas indicações de conteúdo para você se aprofundar no tema.

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