A exposição fotográfica “Nas Eiras e Beiras da Memória” é um conjunto de fotografias de fachadas, casarões, sobrados e igrejas que remontam os primeiros anos de Iguatu, atualmente tombadas pela lei municipal n° 635/99 de 28 de Outubro de 1999 reconhecendo na esfera municipal como patrimônio Histórico de Iguatu.
O principal objetivo é passear pelas fachadas desses espaços de memória vislumbrando o trabalho artístico da obra humana presente, a arte ganha vida e forma com as tonalidades das cores contrastando em meio ao centro urbano com o contemporâneo. As múltiplas expressões materiais e simbólicas que atestam as bases da identidade Iguatuense são conferidas em cada detalhe eternizado na fotografia.
Com este singular enredo a Exposição “Nas Eiras e Beiras da memória” é um tributo a genialidade arquitetônica presente no inicio do século em Iguatu que vem construindo ao longo dos anos a riqueza do patrimônio cultural da cidade.
Fotos: Michel Prudencio Todos os Direitos reservados, 2011
Desenvolvido com a técnica do stop-motion e finalizado com a ajuda da computação gráfica, o filme é baseado em fatos reais, sobre a amizade entre uma menina australiana de 8 anos e um novaiorquino de 44. Ela é gordinha, desajeitada, muito curiosa; sua mãe é uma alcoólatra depressiva e seu pai trabalha numa fábrica de pregar cordões nos saquinhos de chá. Ele é um senhor que sofre da Síndrome de Asperger, recluso em sua casa, seus pensamentos lógicos e seu vício em cachorro quente de chocolate . Ambos são cheios de pensamentos filosóficos sobre a vida, que só diferenciam-se pela diferença etária. Quem nunca fez as perguntas de Mary quando criança? Quem nunca teve pensamentos de tangência com a teoria de Max, em algum momento da vida?
Inicialmente, é possível pensar que trata-se de uma animação de história engraçadinha e clichê, mas o que se vê é um drama cômico envolto por diversas camadas, que se mostram aos poucos para o público e impressiona pela densidade do roteiro e pelos rumos inesperados que história toma.
A animação tem como principal fonte de humor a complementação imagem-narração. A graça advém da irônica controvérsia entre o que é mostrado e o que é falado.
O filme critica a sociedade do pouco contato em que vivemos, mostrando os vícios e as fobias dos personagens, não só dos protagonistas como também dos coadjuvantes, como a mãe e o vizinho de Mary; a vizinha e os cidadãos que Max observa.
Mary “vê” tudo em tons marrons, enquanto que Max “vê” tudo em preto-e-branco. O que acontece quando as duas visões de mundo se encontram é tristonho, mas profundo e muito bonito. A sensação tida, quem sabe, pode ser a de comer leite condensado na lata, com o seu melhor amigo.
Como disse a escritora Ethel Mumford: “Deus nos dá familiares. Ainda bem que podemos escolher nossos amigos”.
Mary e Max, encantam e emocionam do começo ao fim, assim como a bela trilha sonora instrumental. Uma overdose muito bem vinda de originalidade.
Uma frase, aparentemente simples, dita pelo médico de Max, Dr Hazelhof, resume o filme: “a vida de todo mundo é como uma longa calçada. Algumas são bem pavimentadas, outras (…) têm fendas, cascas de banana e bitucas de cigarro”.
Se for para viver uma história linda e ímpar como a de Mary e Max, eu prefiro que a minha calçada seja bem defeituosa. Só procuraria um pouco de tinta para pintar o meio-fio!